Sem conhecimento factual, não sabemos o que não sabemos. Com isso, acabamos terceirizando para intelectuais, jornalistas ou influenciadores a digestão do que se passa no mundo para, a partir daí, escolhermos como será o nosso ponto de vista em relação a determinado assunto. Aprender em profundidade, ler livros de grandes autores ou assistir a aulas difíceis vai além de conhecer o conteúdo. Essa prática nos permite interpretar o mundo com outros olhos e, às vezes, descobrir sentimentos e perspectivas que você tinha e nem sabia. Nem sempre ser o mais rápido é o mais importante. Resumos ou infográficos são excelentes recursos para decidirmos se queremos comprar um livro ou para lembrar do seu conteúdo, mas eles não substituem a leitura.— Conrado Schlochauer

Este é um trecho extremamente interessante do livro Lifelong Learners: o poder do aprendizado contínuo, de Conrado Schlochauer, que demonstra o preço que a mudança no hábito de leitura pode causar: quando você não lê, ou decide que vai passar a ler apenas superficialmente, como parece ser o hábito de muitas pessoas das gerações mais novas, você acaba delegando seu entendimento do mundo e formação de pontos de vista a intelectuais, especialistas e influenciadores.

Acredito piamente que esse é um preço muito alto a ser pago — e por isso sou grato pelo hábito continuado de leitura que possuo. Leio muito e acumulo muita coisa pra ler. Talvez não consiga ler tudo, mas não abro mão de formar minhas próprias opiniões a respeito das coisas do mundo, e de mudá-las, quando e se necessário, por continuar aprendendo e tendo contato com outras experiências.