Wondering… what’s the right place to suggest features for Micro.blog?

I can definitely say I’m hooked to this game.

I’m a roguelike lover (playing on my desktop if and when time allows me to), but Onebit Adventure is easy to pickup and fun, and… is portable so I can take it with me. It’s difficult to find a roguelike game for mobile which appeals to me, but this one really got it…

Screenshot of Onebit adventure mobile game

I can definitely say I’m hooked to this game.

I’m a roguelike lover (playing on my desktop if and when time allows me to), but Onebit Adventure is easy to pickup and fun, and… is portable so I can take it with me. It’s difficult to find a roguelike game for mobile which appeals to me, but this one really got it…

Believe me or not, but our yorkshire has got the ability to nest.

Does anyone know how long it should take for a book to show up in micro.blog’s search after I add it to Open Library? I went through this process yesterday, adding a book in Brazilian portuguese, but it still doesn’t show.

BTW, the ISBN-13 is ‎978-8550806136.

Dark mode is the new black

Or, how I fell in love with it.

I never saw it coming. Little by little, I just changed all the apps I use to dark mode, be it Windows Explorer, be it any of my favorite iPhone apps. It was just a matter of availability. “Oh, you’ve (finally) made dark mode available for us, users? Got it”, I usually thought.

I’ve been a computer (and mobile) user for quite some time now. Many years. Enough to be able to say that clear, white-ish interfaces make my eyes soar. It is then undeniable, for me at least, to say that the dark mode feature came in handy. It makes me feel comfortable, it makes me feel nice and in peace with myself. The low contrast, the true black. It is charming. It is infatuating.

Yes. I guess this is a tribute to dark mode. That’s what it is. I never saw it coming, this love. Till the day when I entered a meeting and, during the smalltalk that usually happens before it starts, a friend told me she was arguing with the other participants, saying “people our age” (we are almost the same) “prefer to use the phone in light, traditional mode”. I told her I didn’t think so and, to make a point, showed her my iPhone screen and the dark mode.

I know that she got disappointed, probably. But making her temporarily sad was nothing compared to the continued bliss of using the dark mode.

Please raise your hand in case you’re Brazilian.

“The absence of evidence is not the evidence of absence.”

— Carl Sagan

As long as you’re alive, there will always be dishes to be done.

Anyone using Obsidian for note taking and knowledge management?

Albert Einstein said about the perception of time, that an hour spent in the company of pretty giris passes more quickly than an hour spent in a dentist chair. #quotes

A arma de Tchekhov

Anton Tchekhov (1860-1904) foi um dramaturgo e escritor russo que dizia que qualquer objeto apresentado ao público em uma obra de entretenimento deve ser utilizado em algum momento da trama ou descartado para não causar distrações:

Remove everything that has no relevance to the story. If you say in the first chapter that there is a rifle hanging on the wall, in the second or third chapter it absolutely must go off. If it’s not going to be fired, it shouldn’t be hanging there.

Em minha trilogia de filmes favorita, aliás, há um excelente exemplo de arma de Tchekhov: Na segunda parte de “De volta para o futuro”, o hoverboard fica dentro do Delorean depois de ser usado por Marty McFly para derrotar Griff Tannen. No terceiro filme, o mesmo hoverboard acaba sendo essencial não apenas para que Marty resgate Doc Brown e sua namorada Clara de um trem em alta velocidade, mas também para a construção do trem voador, baseado em sua tecnologia.

Aliás, como assisto a muitas séries e filmes e também leio bastante, tive oportunidade de encontrar muitos outros exemplos da arma de Tchekhov em ação: nem sempre é um objeto — pode também ser uma pessoa, um local, uma magia. Mas o fato é que toda vez que percebo algum elemento que pode vir a ser uma arma, já fico desconfiado e, se constato que era isso mesmo, fico bastante satisfeito.

Só que também gosto de pensar que a arma de Tchekhov se encaixa nos contextos da filosofia lean, do storytelling e da analogia do copo com água pela metade, já que para evitar distrações e desperdícios, a criação de histórias enxutas exige pensar muito bem no porquê de apresentar um elemento e em suas causas e efeitos, tanto quanto ao invés de ver o copo meio cheio ou meio vazio deve-se na realidade questionar se o copo tem o tamanho correto.

O seu Gilberto e a descarga de oxitocina

Desde ontem de tarde estava sentindo uma dor nas costas muito ruim — daquelas capazes de fazer a gente se curvar enquanto anda, difícil mesmo de suportar. Como depois de tomar remédios ela não passava por nada, hoje cedo avisei ao chefe e fui para um hospital e pronto-socorro ortopédico que temos aqui na cidade.

O lugar existe há anos, e é muito bom (não estou fazendo propaganda dele nem nada, e por isso mesmo vou omitir o nome). Mas o fato é que isso faz com que o estacionamento de lá, com apenas 5 vagas, e também todo o entorno, estejam sempre lotados, transformando o simples ato de estacionar o carro num belo exercício de paciência.

Depois de vários minutos, encontrei uma vaga no sistema de zona azul da cidade. Como sempre faço, saquei o celular, entrei no aplicativo, ativei o meu tíquete e fui-me embora para passar pelo pronto atendimento. Um diagnóstico — problema com o bendito nervo ciático —, duas injeções de relaxante muscular e uma receita com medicamentos complementares para tomar em casa depois, volto para onde estacionei o carro, desativo o alarme e estou me acomodando pra fechar a porta quando noto um senhor do lado do parquímetro da zona azul — um totem que é a versão analógica do aplicativo que eu sempre uso —, meio atrapalhado com o parquímetro e com o celular.

Estou prestes a ligar o carro e sair da minha vaga quando ele olha pra mim e pergunta se eu sei usar a zona azul. O aplicativo. Eu respondo que sim e ele me diz que o parquímetro está quebrado, e que já está ali há uns bons 15 minutos tentando baixar o app pelo QR Code que está impresso no totem, e nada. E ele precisa ir resolver um assunto ali por perto e já está atrasado.

Pasmem! O bendito do totem da zona azul, vejam só, não tem instruções detalhadas e embora para mim e para você possa ser trivial e banal apontar a câmera do celular para abrir o link de download, para ele não era. Ainda com a minha dor no ciático — o enfermeiro que me aplicou as injeções me prometeu que em 40 minutos no máximo os efeitos milagrosos muito esperados delas começariam —, saí do carro e fui ajudar o senhor.

Expliquei que ele devia abrir a câmera do celular dele, apontar para o QR code e que, quando surgisse um endereço na tela — o link — era pra ele tocar ali e isso abriria o Google Play (ele estava com um aparelho Android). Depois que o aplicativo abriu na loja, expliquei como instalar. Tudo correu bem e depois de alguns segundos o app da zona azul aqui da cidade estava aberto.

“Agora é só o senhor se cadastrar no aplicativo. Depois cadastrar o seu carro e o cartão do banco do senhor. Daí vai poder ativar o tíquete de estacionamento”.

Ele me fez aquele verdadeiro olhar de “como faço isso“. E eu, é claro, expliquei pra ele. Toca aqui, toca ali, digita isso, digita aquilo, até que ele me pede pra pegar o celular dele e ajudar. E foi o que eu fiz. Nome, e-mail e mais algumas informações depois, cadastro pronto. Na hora de criar uma senha e informar o cartão, validade, código de segurança, devolvi o aparelho pra ele, mas expliquei que número ia onde. E aos pouquinhos, passo a passo, ele finalmente conseguiu inserir o cartão e comprar créditos pra estacionar.

Ativou o tíquete da zona azul, bem a tempo, pois o carro da fiscalização estava passando por ali.

“Como é o seu nome?”, ele me perguntou.

“É Daniel”.

“O meu é Gilberto, Daniel. Muito obrigado pelo tempo e pela paciência de me ensinar. Deus te abençoe, viu?”, foi o que eu escutei.

E ainda recebi uma ajuda dele, que parou os carros na estreita avenida onde a gente estava, pra que eu, já de volta ao meu carro, pudesse sair da minha vaga e ir pra casa, com as injeções já começando a dar um certo alívio ao meu pobre nervo ciático.

Mas eu acho que não foram só as injeções que aliviaram a minha dor.

É que isso que me aconteceu hoje me lembrou de um resumo do livro Líderes se servem por último, do Simon Sinek, que eu li recentemente. No livro ele explica que existem quatro hormônios que controlam nossas emoções e comportamentos:

  • Dopamina: hormônio que nos ajudar a realizar coisas;
  • Endorfina: hormônio que mascara a dor;
  • Serotonina: hormônio da liderança; e
  • Oxitocina: hormônio do amor.

serotonina e a oxitocina são os chamados hormônios altruístas, que afetam nossas vidas sociais e nos ajudam nos relacionamentos interpessoais, contribuindo para que se crie mais empatia entre as pessoas. Mas eles somente são ativados se você decide interagir com as pessoas.

oxitocina, na qual vou me concentrar, aliás, é o mesmo hormônio que é liberado pelas mulheres durante o nascimento de um filho, e que é capaz de fazer a mulher amar seu bebê mesmo em meio as dores do parto.

Quando ela é liberada nas pessoas comuns, no dia-a-dia, a oxitocina proporciona sentimentos de felicidade, amabilidade e agradecimento. O hormônio é capaz de melhorar o nosso humor, diminuir nossa ansiedade, aumentar nosso bem estar e também melhorar a depressão.

E o que é melhor: a oxitocina é super fácil de ser liberada no nosso organismo. Basta doar um pouquinho do nosso tempo e energia, praticando um ato de altruísmo desinteressado ao próximo, como por exemplo, ajudar a pessoa em necessidade que te pergunta, quando você entra na farmácia, se pode comprar uma lata de leite em pó pra que ela consiga alimentar a filha (o que também já me aconteceu), ou ajudar alguém que não tem muita intimidade com tecnologia, como o seu Gilberto, a baixar o aplicativo da zona azul, ensinando ele a usar depois — e você faz essas coisas, sem esperar nada em troca.

Ou seja, essa ajuda ao seu Gilberto me fez experimentar uma descarga de oxitocina. Foi uma sensação muito boa, que me deixou realmente comovido e me sentindo feliz comigo mesmo e com a vida.

Moral da história? Quando um seu Gilberto precisar de ajuda com um aplicativo porque o parquímetro quebrou, ou uma dona Marta precisar de ajuda para carregar as compras, doe uns minutinhos seus e ajude. Garanto que o resultado é melhor do que qualquer remédio da farmácia e, caso você esteja num dia particularmente triste, sentindo dor ou meio deprimido, isso será quase que literalmente um santo remédio.


Em tempo, Edu Toledo, do podcast NapaCast, entrevistou em junho deste ano o pastor Douglas Gonçalves, idealizador e coordenador do projeto JesusCopy, que falou exatamente sobre serviço desinteressado, e como ele pode gerar oxitocina. Vale a pena conferir o episódio todo, mas caso você tenha só quatro minutinhos, tem também o trecho específico — em vídeo — sobre serviço desinteressado e oxitocina.

O seu Gilberto e a descarga de oxitocina

Desde ontem de tarde estava sentindo uma dor nas costas muito ruim — daquelas capazes de fazer a gente se curvar enquanto anda, difícil mesmo de suportar. Como depois de tomar remédios ela não passava por nada, hoje cedo avisei ao chefe e fui para um hospital e pronto-socorro ortopédico que temos aqui na cidade.

O lugar existe há anos, e é muito bom (não estou fazendo propaganda dele nem nada, e por isso mesmo vou omitir o nome). Mas o fato é que isso faz com que o estacionamento de lá, com apenas 5 vagas, e também todo o entorno, estejam sempre lotados, transformando o simples ato de estacionar o carro num belo exercício de paciência.

Depois de vários minutos, encontrei uma vaga no sistema de zona azul da cidade. Como sempre faço, saquei o celular, entrei no aplicativo, ativei o meu tíquete e fui-me embora para passar pelo pronto atendimento. Um diagnóstico — problema com o bendito nervo ciático —, duas injeções de relaxante muscular e uma receita com medicamentos complementares para tomar em casa depois, volto para onde estacionei o carro, desativo o alarme e estou me acomodando pra fechar a porta quando noto um senhor do lado do parquímetro da zona azul — um totem que é a versão analógica do aplicativo que eu sempre uso —, meio atrapalhado com o parquímetro e com o celular.

Estou prestes a ligar o carro e sair da minha vaga quando ele olha pra mim e pergunta se eu sei usar a zona azul. O aplicativo. Eu respondo que sim e ele me diz que o parquímetro está quebrado, e que já está ali há uns bons 15 minutos tentando baixar o app pelo QR Code que está impresso no totem, e nada. E ele precisa ir resolver um assunto ali por perto e já está atrasado.

Pasmem! O bendito do totem da zona azul, vejam só, não tem instruções detalhadas e embora para mim e para você possa ser trivial e banal apontar a câmera do celular para abrir o link de download, para ele não era. Ainda com a minha dor no ciático — o enfermeiro que me aplicou as injeções me prometeu que em 40 minutos no máximo os efeitos milagrosos muito esperados delas começariam —, saí do carro e fui ajudar o senhor.

Expliquei que ele devia abrir a câmera do celular dele, apontar para o QR code e que, quando surgisse um endereço na tela — o link — era pra ele tocar ali e isso abriria o Google Play (ele estava com um aparelho Android). Depois que o aplicativo abriu na loja, expliquei como instalar. Tudo correu bem e depois de alguns segundos o app da zona azul aqui da cidade estava aberto.

“Agora é só o senhor se cadastrar no aplicativo. Depois cadastrar o seu carro e o cartão do banco do senhor. Daí vai poder ativar o tíquete de estacionamento”.

Ele me fez aquele verdadeiro olhar de “como faço isso”. E eu, é claro, expliquei pra ele. Toca aqui, toca ali, digita isso, digita aquilo, até que ele me pede pra pegar o celular dele e ajudar. E foi o que eu fiz. Nome, e-mail e mais algumas informações depois, cadastro pronto. Na hora de criar uma senha e informar o cartão, validade, código de segurança, devolvi o aparelho pra ele, mas expliquei que número ia onde. E aos pouquinhos, passo a passo, ele finalmente conseguiu inserir o cartão e comprar créditos pra estacionar.

Ativou o tíquete da zona azul, bem a tempo, pois o carro da fiscalização estava passando por ali.

“Como é o seu nome?”, ele me perguntou.

“É Daniel”.

“O meu é Gilberto, Daniel. Muito obrigado pelo tempo e pela paciência de me ensinar. Deus te abençoe, viu?”, foi o que eu escutei.

E ainda recebi uma ajuda dele, que parou os carros na estreita avenida onde a gente estava, pra que eu, já de volta ao meu carro, pudesse sair da minha vaga e ir pra casa, com as injeções já começando a dar um certo alívio ao meu pobre nervo ciático.

Mas eu acho que não foram só as injeções que aliviaram a minha dor.

É que isso que me aconteceu hoje me lembrou de um resumo do livro Líderes se servem por último, do Simon Sinek, que eu li recentemente. No livro ele explica que existem quatro hormônios que controlam nossas emoções e comportamentos:

Dopamina: hormônio que nos ajudar a realizar coisas; Endorfina: hormônio que mascara a dor; Serotonina: hormônio da liderança; e Oxitocina: hormônio do amor. A serotonina e a oxitocina são os chamados hormônios altruístas, que afetam nossas vidas sociais e nos ajudam nos relacionamentos interpessoais, contribuindo para que se crie mais empatia entre as pessoas. Mas eles somente são ativados se você decide interagir com as pessoas.

A oxitocina, na qual vou me concentrar, aliás, é o mesmo hormônio que é liberado pelas mulheres durante o nascimento de um filho, e que é capaz de fazer a mulher amar seu bebê mesmo em meio as dores do parto.

Quando ela é liberada nas pessoas comuns, no dia-a-dia, a oxitocina proporciona sentimentos de felicidade, amabilidade e agradecimento. O hormônio é capaz de melhorar o nosso humor, diminuir nossa ansiedade, aumentar nosso bem estar e também melhorar a depressão.

E o que é melhor: a oxitocina é super fácil de ser liberada no nosso organismo. Basta doar um pouquinho do nosso tempo e energia, praticando um ato de altruísmo desinteressado ao próximo, como por exemplo, ajudar a pessoa em necessidade que te pergunta, quando você entra na farmácia, se pode comprar uma lata de leite em pó pra que ela consiga alimentar a filha (o que também já me aconteceu), ou ajudar alguém que não tem muita intimidade com tecnologia, como o seu Gilberto, a baixar o aplicativo da zona azul, ensinando ele a usar depois — e você faz essas coisas, sem esperar nada em troca.

Ou seja, essa ajuda ao seu Gilberto me fez experimentar uma descarga de oxitocina. Foi uma sensação muito boa, que me deixou realmente comovido e me sentindo feliz comigo mesmo e com a vida.

Moral da história? Quando um seu Gilberto precisar de ajuda com um aplicativo porque o parquímetro quebrou, ou uma dona Marta precisar de ajuda para carregar as compras, doe uns minutinhos seus e ajude. Garanto que o resultado é melhor do que qualquer remédio da farmácia e, caso você esteja num dia particularmente triste, sentindo dor ou meio deprimido, isso será quase que literalmente um santo remédio.

A arma de Tchekhov

Anton Tchekhov (1860-1904) foi um dramaturgo e escritor russo que dizia que qualquer objeto apresentado ao público em uma obra de entretenimento deve ser utilizado em algum momento da trama ou descartado para não causar distrações:

Remove everything that has no relevance to the story. If you say in the first chapter that there is a rifle hanging on the wall, in the second or third chapter it absolutely must go off. If it’s not going to be fired, it shouldn’t be hanging there.

Em minha trilogia de filmes favorita, aliás, há um excelente exemplo de arma de Tchekhov: Na segunda partede “De volta para o futuro”, o hoverboard fica dentro do Delorean depois de ser usado por Marty McFly para derrotar Griff Tannen. No terceiro filme, o mesmo hoverboard acaba sendo essencial não apenas para que Marty resgate Doc Brown e sua namorada Clara de um trem em alta velocidade, mas também para a construção do trem voador, baseado em sua tecnologia.

Aliás, como assisto a muitas séries e filmes e também leio bastante, tive oportunidade de encontrar muitos outros exemplos da arma de Tchekhovem ação: nem sempre é um objeto — pode também ser uma pessoa, um local, uma magia. Mas o fato é que toda vez que percebo algum elemento que pode vir a ser uma arma, já fico desconfiado e, se constato que era isso mesmo, fico bastante satisfeito.

Só que também gosto de pensar que a arma de Tchekhov se encaixa nos contextos da filosofia lean, do storytelling e da analogia do copo com água pela metade, já que para evitar distrações e desperdícios, a criação de histórias enxutas exige pensar muito bem no porquê de apresentar um elemento e em suas causas e efeitos, tanto quanto ao invés de ver o copo meio cheio ou meio vazio deve-se na realidade questionar se o copo tem o tamanho correto.

Lá ele!

Lá ele!

— Toda a população baiana, em algum momento

Esta é sem sombra de dúvida a minha expressão baiana favorita de todos os tempos. Tenho até uma camiseta em que ela está escrita, feita sob encomenda a meu pedido.

O que ela significa?” — você pode estar se perguntando. Bem, quando tento explicar aos que me conhecem, o significado que acabam associando como mais próximo em paulistês é normalmente sai fora! ou sai pra lá!

Mas vale uma explicação mais detalhada: Lá ele é uma expressão que se usa como uma espécie de amuleto, para manter o azar a distância.

Outro dia mesmo eu conversava com minha esposa, quando ela me perguntou qual dos hospitais da cidade onde moramos eu achava melhor. Quando perguntei pra ela o motivo da pergunta, ela me disse que “queria saber porque vai que uma das crianças fica muito doente e eu tenho que levar pra um hospital às pressas”.

Imediatamente eu respondi sem pestanejar: “Lá ele!”, que foi pra não atrair esse tipo de () sorte pra gente e que, a meu ver, está mais para “Deus me livre e guarde”.

O segredo de um A3

O segredo de um A3 é que a história nele descrita deve ser curta — e não um romance completo como “Guerra e Paz”, do grande romancista russo Leon Tolstoi.

Escrever uma história curta leva tempo: mas são exatamente as iterações que ajudam a refinar um A3 até sua essência, tornando-o fácil de comunicar.

Há uma famosa citação de Blaise Pascal, aliás, que resume o conceito por detrás de um A3:

“Eu teria escrito uma carta mais curta, mas não tive tempo”

Invista o tempo necessário para refinar a história: use diagramas simples, tópicos e imagens — uma imagem vale mais do que mil palavras.

Finalmente, não caia na armadilha de tentar espremer tanta informação quanto possível em um A3 usando fonte de tamanho 6: torne-o fácil de ler. Menos é mais! Leva-se tempo para coletar nossos pensamentos e contar uma história: a filosofia Lean trata de reduzir desperdícios e o A3 é uma peça chave para ajudar a eliminar desperdício nos processos de gestão.


Traduzido e adaptado por mim em 17/12/2019, a partir do livro “Toyota by Toyota”, de Darril Wilburn e Samuel Obara, capítulo 12 — “Hoshin Kanri”, página 203.