Way to go Brazil 🇧🇷! On to the next stage! (Late timeline posting because I was out and without mobile access)…

A little frustrated Japan 🇯🇵 didn’t move forwards against Croatia 🇭🇷 today. They surely deserved it, but as we say here in Brazil, penalties are like lottery tickets, you never know who is the winner gonna be…

🍿 I’ve just watched Wednesday S01E01 on Netflix and I totally fell in love with it. Jenna Ortega totally nails it at the leading role, and everything — from the plot to the music — fits so well. I have always loved anything Addams Family related, and I feel this is going to be no exception!

Pingado

Entrou com a mesma pressa de todos os dias na padaria, atrasado, sem qualquer tempo a perder. Nem notou quando o balconista lhe deu bom dia, porque o relógio no pulso era mais importante e lhe dizia que tinha só cinco minutos até a reunião começar. Pediu um pingado e pão na chapa, olhou de novo o horário, um minuto a menos de folga.

Sua sorte era que seu escritório era do outro lado da rua.

O mesmo balconista lhe trouxe o pingado tampado para viagem, e ele foi logo saindo, dispensando o pão na chapa sem se dar conta. Três minutos faltando e ele resolveu atravessar a rua correndo. Não viu o motoqueiro, que o atingiu em cheio e o arremessou longe, destampando o pingado e espalhando o líquido pra tudo que foi lado. Caiu e bateu a cabeça, e nem a pressa, nem o atraso, nem nada (nunca) mais lhe passou pela mente.

Deixou mulher e dois filhos.

Ok. If you can bear with me, we could play Letterpress. I’m Daniel Santos in the game, btw. gamefav.letterpressapps.com/HXZSVP66J…

Pingado

Entrou com a mesma pressa de todos os dias na padaria, atrasado, sem qualquer tempo a perder. Nem notou quando o balconista lhe deu bom dia, porque o relógio no pulso era mais importante e lhe dizia que tinha só cinco minutos até a reunião começar. Pediu um pingado e pão na chapa, olhou de novo o horário, um minuto a menos de folga.

Sua sorte era que seu escritório era do outro lado da rua.

O mesmo balconista lhe trouxe o pingado tampado para viagem, e ele foi logo saindo, dispensando o pão na chapa sem se dar conta. Três minutos faltando e ele resolveu atravessar a rua correndo. Não viu o motoqueiro, que o atingiu em cheio e o arremessou longe, destampando o pingado e espalhando o líquido pra tudo que foi lado. Caiu e bateu a cabeça, e nem a pressa, nem o atraso, nem nada (nunca) mais lhe passou pela mente.

Deixou mulher e dois filhos.

⚽️ No surprises so far I Argentina x Australia. If I’m not mistaken, it’s only the second time the land down under gets to the round of 16, and it is being contained by Argentina, leading 2-0 now after Australian goalie made a beginner’s mistake.

Tortilla

De todas as características dela que alguém poderia se lembrar se perguntado, certamente a tremenda disciplina que ela tinha para fazer tudo em sua vida seria a mais citada.

No entanto, Mônica se perguntava onde estava toda a disciplina de que ela precisava quando ia cozinhar. Simplesmente não tinha a menor noção de como fazer isso, por mais que fosse neta de uma das melhores cozinheiras que já tinham conhecido.

Aliás, dona Alice fazia cada prato de dar água na boca de qualquer um. Sua mãe, Dalva, era outra que também se virava muito bem com as panelas, com os ingredientes, quaisquer que fossem eles. Das duas, só poderia se esperar mágica culinária. Mas seus respectivos talentos não tinham sido passados para ela.

“Tudo bem, o delivery existe pra essas pessoas que nem eu, posso sempre pedir comida”, ela sempre pensou. E sempre pediu comida fora mesmo; conhecia até alguns entregadores da região pelo nome, tamanha a frequência com que fazia isso.

Mas naquela noite era diferente. Nunca considerou que não saber cozinhar direito fosse questão de tamanha gravidade — questão de vida ou morte, até — na sua vida.

Culpa do Rodrigo. Quando ele começou a trabalhar no mesmo time que ela, 3 meses atrás, achou ele maravilhosamente lindo, mas sabia que nunca teria nenhuma chance com ele, até o dia, no começo deste mês, em que ele e ela começaram a conversar no elevador do edifício do escritório. Desde então as conversas e os horários de ambos estavam cada vez mais sincronizados.

E foi durante uma dessas conversas, segunda agora, que ele perguntou se ela gostaria de sair para jantar. Atônita, surpresa, quase gaguejando na verdade, Mônica aceitou o encontro, mas acabou dizendo que podiam se encontrar na casa dela mesmo, que ela faria o jantar pros dois.

O elevador se abriu naquela hora e ele simplesmente disse que estava combinado, então. Cada um foi para o seu lado e ela achou a coisa muito romântica. Jantarzinho pra dois. Que romântico.

Que romântico mesmo.

Pra quem sabia cozinhar.

E onde ela, totalmente o oposto de alguém assim, estava com a cabeça naquela hora, não é mesmo? Pensou em dizer pra irem jantar fora mesmo, em dar uma desculpa, mas desistiu. E a vergonha que passaria? Não senhor.

Agora estava na cozinha. O caderno de receitas de dona Alice, daqueles encapados com plástico quadriculado e com as folhas até meio amareladas, já, escrito todo com caneta esferográfica, estava aberto na página onde tinha uma receita de tortilla de batata.

Sendo alguém que adorava aquele prato de sua avó quando era criança, era natural para Mônica achar que repetir a receita por conta própria seria mais fácil. Memória afetiva pode ajudar, achava que tinha ouvido alguém dizer num desses reality shows culinários da TV.

Ovo, cebola, cebolinha, pimenta do reino, sal, azeite. Tudo já batido e misturado — e quase não tinha feito sujeira no chão e na bancada enquanto preparava tudo. Um progresso! Agora, com a frigideira já aquecida, despejou a mistura e deixou tudo em fogo alto.

Foi até a sala e pediu à Alexa que tocasse música romântica daquele cantor que ela sabia que Rodrigo e ela gostavam. Imaginou-se dançando com ele ali mesmo, os dois juntinhos.

A campainha tocou. Com certeza era ele. Ela abriu a porta, deu-lhe um beijo no rosto e pegou a garrafa de vinho que ele trouxe. Pediu que ele esperasse no sofá, que ela já ia servir tudo. Afinal, a mesa estava posta desde que horas? 16:00?

Queria muito que as coisas dessem certo com Rodrigo. Era tão gentil, bonito, inteligente. Mas sabia que tinha que ir com calma. Devagar. “Para chegar ao topo”, seu disciplinado eu interior lhe lembrou, “deve-se começar de baixo”.

Como o fogo em que se devia cozinhar a tortilla, segundo sua avó Alice tinha escrito em seu caderninho. Detalhe que só agora ela tinha se dado conta de ter confundido. A tortilla dela estava à mercê do fogo alto.

Mônica correu até a cozinha e fez com que Rodrigo, sobressaltado, se levantasse de onde estava e fosse atrás dela. Quando ele chegou à cozinha, se deparou com Mônica, que só faltava chorar sobre o leite derramado… ou sobre a tortilla queimada, mais exatamente.

Desconsolada, ela olhou para Rodrigo tentando esconder sem sucesso o quanto estava envergonhada. Ele primeiro só a olhou. Depois abriu um sorriso que ela acompanhou, e que um segundo depois se transformou em gargalhadas.

“Desculpa, na cozinha eu sou mais perdida que cego em tiroteio… como deu pra você perceber”.

Naquela noite, acabaram comendo pizza mesmo. Pedida via delivery. Entregue rapidinho, aliás, pelo Marcelo, um de seus conhecidos que trabalhavam com entrega. E foi o melhor encontro da vida de Mônica, e de Rodrigo.


Criei este texto como uma espécie de exercício de escrita a partir de 8 palavras aleatoriamente geradas via internet que eu destaquei em negrito para referência.

Nunca fiz isso, e nunca compartilhei publicamente. Mas gostei do exercício, pois provoca a mente e a criatividade. Devo tentar repetir a dose regularmente.v

Experimenting with Hugo and Logseq to create my digital garden (solely in 🇧🇷 Brazilian Portuguese for now, sorry). Very much a start right now, but would you care to take a look and speak your mind? daniel.url.lol/garden

Having English as a second language allows me to come across words like “gallivanting”, that I had never seen before. It means “to go around from one place to another in pursuit of pleasure or entertainment”.

Doesn’t seem to be very “in” these days. Or is it? Native English speakers, help please?

Tortilla

De todas as características dela que alguém poderia se lembrar se perguntado, certamente a tremenda disciplina que ela tinha para fazer tudo em sua vida seria a mais citada.

No entanto, Mônica se perguntava onde estava toda a disciplina de que ela precisava quando ia cozinhar. Simplesmente não tinha a menor noção de como fazer isso, por mais que fosse neta de uma das melhores cozinheiras que já tinham conhecido.

Aliás, dona Alice fazia cada prato de dar água na boca de qualquer um. Sua mãe, Dalva, era outra que também se virava muito bem com as panelas, com os ingredientes, quaisquer que fossem eles. Das duas, só poderia se esperar mágica culinária. Mas seus respectivos talentos não tinham sido passados para ela.

“Tudo bem, o delivery existe pra essas pessoas que nem eu, posso sempre pedir comida”, ela sempre pensou. E sempre pediu comida fora mesmo; conhecia até alguns entregadores da região pelo nome, tamanha a frequência com que fazia isso.

Mas naquela noite era diferente. Nunca considerou que não saber cozinhar direito fosse questão de tamanha gravidade — questão de vida ou morte, até — na sua vida.

Culpa do Rodrigo. Quando ele começou a trabalhar no mesmo time que ela, 3 meses atrás, achou ele maravilhosamente lindo, mas sabia que nunca teria nenhuma chance com ele, até o dia, no começo deste mês, em que ele e ela começaram a conversar no elevador do edifício do escritório. Desde então as conversas e os horários de ambos estavam cada vez mais sincronizados.

E foi durante uma dessas conversas, segunda agora, que ele perguntou se ela gostaria de sair para jantar. Atônita, surpresa, quase gaguejando na verdade, Mônica aceitou o encontro, mas acabou dizendo que podiam se encontrar na casa dela mesmo, que ela faria o jantar pros dois.

O elevador se abriu naquela hora e ele simplesmente disse que estava combinado, então. Cada um foi para o seu lado e ela achou a coisa muito romântica. Jantarzinho pra dois. Que romântico.

Que romântico mesmo.

Pra quem sabia cozinhar.

E onde ela, totalmente o oposto de alguém assim, estava com a cabeça naquela hora, não é mesmo? Pensou em dizer pra irem jantar fora mesmo, em dar uma desculpa, mas desistiu. E a vergonha que passaria? Não senhor.

Agora estava na cozinha. O caderno de receitas de dona Alice, daqueles encapados com plástico quadriculado e com as folhas até meio amareladas, já, escrito todo com caneta esferográfica, estava aberto na página onde tinha uma receita de tortilla de batata.

Sendo alguém que adorava aquele prato de sua avó quando era criança, era natural para Mônica achar que repetir a receita por conta própria seria mais fácil. Memória afetiva pode ajudar, achava que tinha ouvido alguém dizer num desses reality shows culinários da TV.

Ovo, cebola, cebolinha, pimenta do reino, sal, azeite. Tudo já batido e misturado — e quase não tinha feito sujeira no chão e na bancada enquanto preparava tudo. Um progresso! Agora, com a frigideira já aquecida, despejou a mistura e deixou tudo em fogo alto.

Foi até a sala e pediu à Alexa que tocasse música romântica daquele cantor que ela sabia que Rodrigo e ela gostavam. Imaginou-se dançando com ele ali mesmo, os dois juntinhos.

A campainha tocou. Com certeza era ele. Ela abriu a porta, deu-lhe um beijo no rosto e pegou a garrafa de vinho que ele trouxe. Pediu que ele esperasse no sofá, que ela já ia servir tudo. Afinal, a mesa estava posta desde que horas? 16:00?

Queria muito que as coisas dessem certo com Rodrigo. Era tão gentil, bonito, inteligente. Mas sabia que tinha que ir com calma. Devagar. “Para chegar ao topo”, seu disciplinado eu interior lhe lembrou, “deve-se começar de baixo”.

Como o fogo em que se devia cozinhar a tortilla, segundo sua avó Alice tinha escrito em seu caderninho. Detalhe que só agora ela tinha se dado conta de ter confundido. A tortilla dela estava à mercê do fogo alto.

Mônica correu até a cozinha e fez com que Rodrigo, sobressaltado, se levantasse de onde estava e fosse atrás dela. Quando ele chegou à cozinha, se deparou com Mônica, que só faltava chorar sobre o leite derramado… ou sobre a tortilla queimada, mais exatamente.

Desconsolada, ela olhou para Rodrigo tentando esconder sem sucesso o quanto estava envergonhada. Ele primeiro só a olhou. Depois abriu um sorriso que ela acompanhou, e que um segundo depois se transformou em gargalhadas.

“Desculpa, na cozinha eu sou mais perdida que cego em tiroteio… como deu pra você perceber”.

Naquela noite, acabaram comendo pizza mesmo. Pedida via delivery. Entregue rapidinho, aliás, pelo Marcelo, um de seus conhecidos que trabalhavam com entrega. E foi o melhor encontro da vida de Mônica, e de Rodrigo.


Criei este texto como uma espécie de exercício de escrita a partir de 8 palavras aleatoriamente geradas via internet que eu destaquei em negrito para referência.

Nunca fiz isso, e nunca compartilhei publicamente. Mas gostei do exercício, pois provoca a mente e a criatividade. Devo tentar repetir a dose regularmente.

Finished reading: Para O Lobo by Hannah Whitten 📚

Japan’s new flag should the VAR decision considering their second goal against Spain as legal is taken into account. Smart one 😉⚽️

I'm not young enough to know everything.

I’m not young enough to know everything

I came across this quote earlier today, while researching about the expert’s fallacy and how all of us are subject to it.

First I thought the quote was from Oscar Wilde, the Irish writer, as it is attributed to him very much often. But what do I know? I fell for the same fallacy and ended up finding out it’s actually a quote from J. M. Barrie, the English playwright behind the wonderful Peter Pan.

As someone deeply interested in — but almost completely new to — the subject of lifelong learning, I saw this sentence as completely fit to the theme. It is now side by side with my (other) favorite quote to date, from René Descartes, French mathematician who said “I would give everything I know for half of what I ignore”.

Young people — or anyone new to a subject or activity, actually — tend to assume a position of confidence in knowing “all” about that subject, or, at least, knowing more than they actually know about it. Only as we grow older, or more experienced and move from beginners to experts in our careers, do we tend to admit that we don’t know — and couldn’t ever be able to know — everything there is to know.

And this is what I found is so brilliant about the quote which titles this text. It’s an advice to all of us who are aware of not knowing everything. It is an advice to keep humble, to keep in mind there will always be oceans of knowledge to sail, and to keep learning.

Casemiro, yesterday’s hero ❤️ 🇧🇷 x 🇨🇭!

I'm not young enough to know everything

I came across this quote earlier today, while researching about the expert’s fallacy and how all of us are subject to it.

First I thought the quote was from Oscar Wilde, the Irish writer, as it is attributed to him very much often. But what do I know? I fell for the same fallacy and ended up finding out it’s actually a quote from J. M. Barrie, the English playwright behind the wonderful Peter Pan.

As someone deeply interested in — but almost completely new to — the subject of lifelong learning, I saw this sentence as completely fit to the theme. It is now side by side with my (other) favorite quote to date, from René Descartes, French mathematician who said “I would give everything I know for half of what I ignore”.

Young people — or anyone new to a subject or activity, actually— tend to assume a position of confidence in knowing “all” about that subject, or, at least, knowing more than they actually know about it. Only as we grow older, or more experienced and move from beginners to experts in our careers, do we tend to admit that we don’t know — and couldn’t ever be able to know — everything there is to know.

And this is what I found is so brilliant about the quote which titles this text. It’s an advice to all of us who are aware of not knowing everything. It is an advice to keep humble, to keep in mind there will always be oceans of knowledge to sail, and to keep learning.

Nevertheless, despite sharing the same home town, Casemiro and I don’t share the same talent for soccer ⚽️😂😂😂

So proud of Brazil 🇧🇷 winning its second match against Switzerland 🇨🇭 and even more because Casemiro and I share the same home town in Brazil 👏👏👏

I just had this crazy thought that EA should create a bullet heaven game like Vampire Survivors, but based on the Plants vs Zombies franchise.

Imagine being the All-Star, or the Peashooter, facing endless hordes of enemies, leveling up until you can no more… it would be crazy.

The perfect date

Believe me. Everyone has the right to see their idea of a perfect date come to life. Even if their idea of a perfect date is YYYY-MM-DD, the format set out by the ISO 8601 standard to tackle misinterpretation problems that happen when we write dates using numbers.

YYYY-MM-DD is, indeed, my idea of a perfect date. Pun intended.

I live in Brazil, and my country, where we speak Portuguese, goes by the British date format, which is DD/MM/YYYY. The company I work for, on the other hand, is a multinational one, adopting American English as its main language, and its MM/DD/YYYYas the date standard. This could potentially cause problems when talking about, and writing down dates using numbers.

Take 06/09/17, for instance. Does it mean the 9th of June, 2017, or the 6th of September of the same year? During our daily conversations in the company, this kind of confusion is subject to happening because we do write drafts in Portuguese, for example, and sometimes, even local references which are not going to be shared with the general internal public. A second point to consider is the language set to the interface the softwares we use. Mine are all in English, but I have many colleagues who have their software (and date formats) set to Portuguese.

Adopting ISO 8601’s date format is such a clever idea that even Randall Munroe, the brilliant mind behind the excellent xkcd webcomic, translated it to one of his masterpieces:

Adopting ISO 8601’s date format, YYYY-MM-DD, puts an end to any frustrating situation that could be caused by a misunderstanding, especially in a business context. You won’t go to a meeting in the wrong date, or buy those materials when the date is unclear. In ISO 8601’s format, 06/09/17 becomes 2017-09-06, and that’s it.

Need to express dates? Think about this perfect date.